26 de fev. de 2011

Contemplação


A cada novo dia, encontro motivos para me surpreender com teu grande amor. Contemplo a beleza das obras de tuas mãos e vejo como Tu és Belo.

Vislumbro as diferentes cores e formas, e percebo como és criativo. Tantos detalhes, minuciosos e perfeitos, prova de que teu cuidado vai além de minha compreensão.

Como olhar para a imensidão do mar e não me emocionar?
Sentir a brisa e não me lembrar do refrigério que minha própria alma sente?
Ver as estrelas nos céus e não reconhecer o teu carinho chamando cada uma por seu próprio nome?
Ouvir as melodias da própria natureza e um novo cântico não entoar?

Fico a imaginar como foi aquele dia, em que ao som de cada palavra, uma arte era esculpida. Ah, se eu estivesse presente, assistindo tal espetáculo...

Não ousaria dizer sequer uma palavra ou mesmo aplaudir.
Simplesmente contemplaria com gratidão a Tua própria beleza, refletida nos céus e terra, obra de tuas mãos.

11 de fev. de 2011

Supera-te!



Correr apesar do cansaço. Saltar embora a altura assuste. Levantar mesmo quando a dor do tombo atormenta. Ultrapassar limites. Exceder as expectativas. Cruzar fronteiras. Persitir. Continuar. Surpreender. Superar. 

É preciso ir além do necessário, do solicitado, do esperado.  É preciso compreender que o comum, o básico, o mais-ou-menos está abaixo da capacidade do ser humano.

Fomos feitos para mais, muito mais. Mas só é possível quando queremos. Só é possível quando fazemos o melhor sem nos preocupar com o tempo corrido ou a falta de recursos.

O melhor já possuímos: o dom da vida. Agora, é preciso escolher qual caminho trilhar. Quais lembranças deixar. É preciso escolher o melhor do mundo e dar o melhor ao mundo. 

Só assim, o melhor da vida terá sido desfrutado. E Muito Mais. 


6 de fev. de 2011

Pés independentes



Pés indecisos não sabem para onde ir. Direita, esquerda, voltar, seguir em frente...

Angustiados, discutem: como chegar?
 

Ansiosos, querem logo estar lá e temerosos, especulam o quê os aguarda quando lá estiverem.

Pés que correm, quando ameaçados. Que param, quando cansados. Que duvidam, quando é preciso fé. Que temem, quando é preciso confiança.

Para onde vão os meus?
 

Por que quando quero seguir em frente, eles desobedecem?
Insistem em permanecer onde estão?

Assim, fico sem os compreender...  
Correm para não chegar atrasados, mas não correm para alcançar sonhos.
Voltam atrás por covardia, mas não voltam para corrigir erros.
Param para descansar, mas não param para refletir.
Caminham entre pedras, mas não dançam entre flores.

Assim, meus pés são...
Com alma própria e independentes.