Não me acostumo com o metrô lotado, com a grosseria de desconhecidos e com a pressa para que a vida passe.
Não me acostumo com as mães que berram com seus pequenos, com os filhos que desprezam o amor recebido e com os irmãos que brigam entre si pela parte na herança.
Não me acostumo com as mães que berram com seus pequenos, com os filhos que desprezam o amor recebido e com os irmãos que brigam entre si pela parte na herança.
Não me acostumo com risadas provocadas por piadas racistas, com brincadeiras que ofendem e com as palavras irônicas.
Também não me acostumo com os sorrisos forçados, com os elogios interesseiros e com as máscaras de gentileza.
Não me acostumo com o lixo no chão, com os jornais sensacionalistas e com as cartas de amor rasgadas pela fúria.
Pior ainda é me acostumar com as lágrimas de saudade, com o coração apertado pela lembrança e com a sensação de que poderia ter sido diferente.
E, definitivamente, não me acostumo com o adeus, mesmo quando provisório, e menos ainda com as separações em que não houve tempo para a despedida.
Muito bom amiga´, ótimo texto. Tb não me acostumo!!:)
ResponderExcluirAdorei o texto...bjo
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