Por muito tempo
Achei que amar fosse seguro.
Mas descobri, agora há pouco,
Que se trata de um risco.
Risco de descobrir quem é o outro
E mesmo assim, amar ainda mais.
Risco de expor a versão real de si mesmo,
E ainda assim, não ter medo de se mostrar.
Risco de novos sonhos ter,
E de outros abandonar.
Risco de ter o coração dilacerado,
E mesmo que não queira, ao outro magoar.
E de outros abandonar.
Risco de ter o coração dilacerado,
E mesmo que não queira, ao outro magoar.
Risco de não ser pelo amor escolhido,
Apesar de tudo ter deixado para o seguir.
Risco de precisar deixar o outro ir,
Mesmo que isso faça o coração em mil pedaços se partir.
Definitivamente, amar é um risco.
Inclusive de ser feliz para valer.
Mas mesmo que assim não fosse,
Valeria o mundo inteiro esse risco correr.
"Amar é sempre ser vulnerável. Ame qualquer coisa e certamente seu coração vai doer e talvez se partir. Se quiser ter a certeza de mantê-lo intacto, você não deve entregá-lo a ninguém, nem mesmo a um animal. Envolva o cuidadosamente em seus hobbies e pequenos luxos, evite qualquer envolvimento, guarde-o na segurança do esquife de seu egoísmo. Mas nesse esquife – seguro, sem movimento, sem ar - ele vai mudar. Ele não vai se partir – vai tornar se indestrutível, impenetrável, irredimível. A alternativa a uma tragédia ou pelo menos ao risco de uma tragédia é a condenação. O único lugar além do céu onde se pode estar perfeitamente a salvo de todos os riscos e perturbações do amor é o inferno". Os quatro amores, C.S. Lewis
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